sábado, 17 de julho de 2010

Eclipse (2010)



O terceiro filme da franquia “Crepúsculo” traz novamente a trama adolescente do momento. No qual Bella, Edward e Jacob vivem um triângulo meloso, ops, digo, amoroso. Inicialmente, afirmo que acabo assistindo filmes assim, acho eu, mais por camaradagem e fidelidade a amigos do que por curiosidade. A saga de Stephenie Meyer não me serve nem como boa literatura e muito menos como sétima arte. Então vamos à minhas conclusões:

Mesmo considerado por muitos o melhor até o momento, Eclipse ainda peca. Dessa vez vem discutir sobre as decisões, escolhas de Bella. A pobre ainda se vê dividida entre viver como uma vampira imortal ao lado do seu amado Edward ou continuar humana e sucumbir os seus desejos carnais ao lado do seu melhor amigo Jacob (Que aparece novecentas vezes em cena sem camisa!). Mas ao invés de procurar se aprofundar sobre essas escolhas e suas conseqüências, o filme se arrasta com a mesmice deixada pelos filmes anteriores, de quem ela deve escolher: o lobo ou o vampiro.

Há os vilões, Victoria volta acompanhada por exército de vampiros novos para vingar-se de Bella. As cenas de lutas estão mais intensas, cenários mais sombrios. Tudo apropriado para o público jovem assistir e vibrar. Mas nada soa desafiador ou novo. O Clã de vampiros liderados pela atriz Dakota Fanning aparece mais uma vez, mas sem dizer ao que veio. Isso para aumentar mais o suspense desse “folhetim” para os seguintes.

É uma pena ver filmes que tem uma comunicação mais direta com os jovens visando apenas sucesso nas bilheterias. A adolescência é uma etapa complicada que normalmente é tratada como “mais uma fase que vai passar” pelos mais velhos, mas é nela que criamos sensibilidade, caráter e auto-afirmação para fase adulta. Eclipse vem confirmar o que eu venho percebendo ultimamente de que os adolescentes são produtos e estão crescer rodeados por um mundo consumista e vazio de sentimentos.

Ah, quase ia me esquecendo de falar algo legal do filme: sua trilha sonora é bem bacana. Apenas isso.

Cotação: ruim.

Toy Story 3 (2010)



Sempre é doloroso nos despedirmos de quem amamos. Mesmo às vezes por um curto espaço de tempo, e quando é definitivo então. Isso não significa que necessariamente não nos importamos mais com estes entes queridos, mas, sim, porque é hora de partir em busca de outros sonhos. E para aqueles que ficam, resta ocupar a vida com outros que chegam e possam tomar um espaço. É disso que a nova animação da Pixar trata: a despedida.

Primeiramente, alego que ter ficado mais de meia hora com meu sobrinho na fila para a compra do ingresso e ter perdido a sessão que queríamos assistir por causa de um bando de adolescentes querendo ver o tal-filme-adolescente-do-momento (você sabe do que estou falando) compensou.

Toy Story 3 fecha com chave dourada as aventuras de Woddy e seus amigos. Brinquedos que acompanharam a vida de Andy desde sua infância. Entretanto o garoto já é um rapaz e, naturalmente, não brinca mais com seus brinquedos. Ele vai para faculdade e tem que decidir o que irá fazer com aqueles que sempre foram seus companheiros em suas aventuras. Difícil momento.

Apesar da sinopse pra lá de melancólica, o longa não perdeu de forma alguma seu senso de humor. (Igual aos seus antecessores) Eu considero a entrada do metrossexual Ken no elenco como grande sacada. As cenas em que ele compartilha com a Barbie são as mais engraçadas em minha opinião. Há entre os brinquedos o malvado Lotso, um urso de aspecto amigável que esconde um ser rancoroso e malvado. Ele lidera um exército de brinquedos que dá muito trabalho para os Woddy, Buzz e Cia.

Da trilogia Toy Story, o meu preferido continua sendo o segundo. Lembro que ri pencas. Mas este é uma bonita animação que além de cumprir bem sua função em entreter toda família. (E confesso que fiquei tenso em um momento do filme!) Faz refletir que a vida é feita de ciclos. E que para continuarmos, dar o próximo passo é necessário dizer adeus àqueles que amamos.

Cotação: Bom.