domingo, 20 de junho de 2010

Onde vivem os monstros



Até em um sonho infantil se encontra a melancolia de se sentir rejeitado e sozinho. É disso que se trata o filme de Spike Jonze, cuja adaptação vem da obra de Maurice Sendak “Where The Wild Things Are”.

O filme narra a história de Max, um menino sonhador que tem como passatempo favorito inventar histórias para espantar a solidão, visto que ele é normalmente ignorado pela família. Em um dos desentendimentos que tem com a mãe ele foge em um barquinho e acaba chegando em uma terra estranha onde vivem gigantescas criaturas.

Percebe-se logo de início o tom de melancolia que existe entre esses esquisitos seres que buscam algo que os faça sentir melhor. Max então se mostra como líder que vai reconduzi-los a felicidade. Mas no decorrer na história percebe-se a fragilidade que há no relacionamento entre eles. Solidão, rejeição etc. Os mesmos conflitos que Max vinha tendo em sua casa.

As cenas das brincadeiras entre eles são os pontos altos do filme. Tudo bem feito e dirigido. Efeitos colocados de forma bem sutil. A fotografia mescla uma bonita iluminação do sol com aspecto lúgubre da floresta. (Perceba quando Carol leva Max para um passeio) Fiquei impressionado e comovido de ver as expressões faciais de cada monstro.

O filme nos deixa a lição de que expectativas, sensações e sentimentos são diferentes de um para o outro. E quando não há sintonia, ocorre a desilusão. E que talvez o que buscamos nos outros pode ser mais fácil ser encontrado em nós mesmos.

Cotação: Bom.

Um comentário:

  1. achei muito, MUITO abaixo das expectativas. O trailer vendia um filme maravilhoso...

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